terça-feira, 9 de junho de 2015

Sense 8

Às vezes me pego pensando: Quem sao essas pessoas que aparecem nos meus sonhos? A gente interage tao bem, mas na vida real eu nunca as vi. Sera que elas existem? Por que estamos conectados com elas?
De repente, damos um suspiro profundo do nada, como se estivessemos sentido algo que nao estamos.
E a sensaçao de déjà-vu? Aquela impressao de reconhecer um lugar que nunca estivemos antes ou de um rosto parecer tao familiar, de querer comer algo que temos a sensaçao de ter comido antes.
Sabe aquele momento que você esta com um problema enorme e nao sabe como resolver e do nada você tira forças para lutar e consegue resolvê-lo misteriosamente e rapidamente?
Apesar do progresso da ciência, ha mais mistérios desconhecidos que conhecidos. Enquanto a ciência nao responde, a gente se contenta com a ficçao cientifica respondendo de um jeito magico.
Sense8 (é um jogo de palavras com sensate= atento e tb significa 8 sensiveis) é uma série de ficçao cientifica, lançada no Netflix, dirigida pelos irmaos Lana et Andy Wachowski (diretores de Matrix). Tudo começa quando oito pessoas sensiveis, de oito lugares diferentes do mundo têm o mesmo sonho com a Angel (Daryl Hannah), ela esta em uma igreja em ruinas sendo ameaçada por uns homens de uma certa organizaçao perigosa. 
Estas pessoas estao ligadas mentalmente e sao capazes de se comunicar como se estivessem no mesmo lugar.


Tem o perueiro e fa dos filmes do Van Dame que cuida da mae soropositiva no Quênia, a empresaria e lutadora de artes marciais da Coreia (interpretada pela a atriz Bae Doona que atuou nos filmes em Air Doll e Sympathy for Mr. Vengeance), a hacker e o policial americanos, o ator mexicano, a farmacêutica indiana, a Dj islandesa que mora em Londres e o criminoso alemao (interpretado pelo ator Max Riemelt que atuou no filme "A onda"). Tem também a participaçao do Naveen Andrews (Lost e O Paciente Inglês), seu personagem Jonas, eu nao sei muito bem qual é a dele, porque ele nao faz parte dos oito sensiveis, mas consegue se comunicar com eles e ajuda-los, como se fosse um guia.

Trailer:

Eu adoro a diversidade nesta série, os personagens dos paises pobres como o africano que tem lutar para conseguir os remédios pra mae, denuncia a industria farmacêutica, os remédios falsos que sao vendidos a um preço alto e que nao fazem nenhum efeito, denuncia a guerra, a pobreza e tudo o que as pessoas fazem para sobreviver. Na India, fala sobre o casamento arranjado, das classes sociais, da religiao, etc. No México, fala da violência contra as mulheres e os gays. Na Coreia, fala do machismo nas corporaçoes, tem uma cena otima na cadeia em que as mulheres so estao la porque precisaram se defender dos homens. Tem a personagem americana que é uma transexual, gosta de ser mulher e se relaciona com mulher, mostra toda violência que ela sofreu pra ser o que ela é hoje. Tem a personagem que vive em Londres, no mundo das drogas, sempre fragil. Sao historias de gente comum, que lutam pra sobreviver em um mundo caotico e preconceituoso, mas sao sensiveis à dor do outro, como diz no cartaz da série, "I am we", eu sou nos.
Eu, como amante de ficçao cientifica, adorei. Espero ansiosamente pela segunda temporada, enquanto ela nao vem, vou assistindo em looping esta cena linda, quando todos começam a cantar What's up, 4non blonds, cada um no seu pais, mas conectados como se estivessem juntos.


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