sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Mulheres na direçao: Lucía Puenzo (Argentina)

Lucia Puenzo tem 39 anos e é uma cineasta argentina. Assisti aos 3 filmes, sao eles: XXY, "O menino peixe" e "O médico alemao". Seus filmes falam de sexualidade e de genética.

XXY (2007)
Alex tem 15 anos e busca sua identidade. É intersexual, ou seja, apresenta orgaos sexuais indefinidos, dificultando o reconhecimento do sexo masculino ou feminino. Quando nasceu, seus pais sairam de Buenos Aires e foram viver no interior para evitar comentarios e a discriminaçao, além de impor o tratamento hormonal para que elx seja menina.
A grande reflexao do filme é até que ponto os pais podem interferir nesta decisao, forçar alguém a ter uma identidade sexual e que na idade adulta, a pessoa nao se reconhece no proprio corpo, nao pôde decidir mudar ou apenas nao queria mudar.
O titulo do filme deixa a entender que o personagem tem  a Sindrome de Klinefelter ou 47 XXY, no qual o individuo apresenta dois cromossomos X e um cromosso Y, possui 47 cromossomos em vez de 46, tem carater masculino, mas desenvolve traços femininos e sao estereis. So que nao é o caso, nao se pode confundir intersexualismo, Sindrome de Klinefelter, transexualismo ou hermafroditismo, pois sao coisas distintas.


El niño pez (2009)

Uma paraguaia de descendência indigena, Ailin, aos 13 anos de idade sai de casa para trabalhar como empregada na casa de uma familia de classe média na Argentina. Ela arruma um namorado que cuida de cachorro para rinhas, é abusada sexualmente pelo seu patrao e engravida, mas nao conta para ninguém, se apaixona pela filha do patrao, a Lala, e é correspondida. Elas decidem fugir para o Paraguai, mas acontece uns empecilhos antes.
El niño pez (O menino-peixe) é uma lenda guarani, mas tem que ver o filme para descobrir.
A trilha sonora bem latino-americana é otima.


O médico alemao (2013)

Narra a historia do médico Josef Mengele, um dos maiores médicos criminosos da era Nazista, era obcecado por genetica e fez muitas experiencias sadicas no campo de concentraçao de Auschwitz. Com o fim da guerra ele se instala na Argentina, depois no Paraguai e por fim no Brasil, onde morreu afogado na praia de Bertioga - SP, sem nunca ser condenado pelos seus crimes.
O filme mostra-o na Argentina, hospedado em uma pousada em Bariloche, a dona é descendente de alemaes e fala alemao, esta gravida de gêmeos e tem uma filha com problemas de crescimento, do jeito que ele gostava, pois suas pesquisas eram com gêmeos e também com o nanismo.
Neste filme tem uma arquivista/fotografa que tem um papel interessante na historia. Quero ser arquivista/fotografa, mas nao queria ser ela.
Falando em fotografia, a deste filme é linda. Quero ir para Bariloche ja!


Recomendadissima a filmografia da Lucia Puenzo! 

Veja também: 


Nenhum comentário:

Postar um comentário